segunda-feira, maio 05, 2008

Ai Na (Pterocarpus indicus)



Ai na ai furak Timor nian. Nia ai leguminosa, ne'e duni fahe azotu iha rai. Ninia ai vale osan barak tan bele exporta nia ba hotu Mundo principalmente atu halo mobília. Iha Timor ai na moris hotu fatin karik laiha malirin.
Ita la bele kuda ai na iha to'os tanba nia subar naroman. Maibe Ita bele kuda ai na iha rua sira, jardim no kuda atu exporta ninia ai. Bani gosta ai-funan tebetebes. Ai na proteje to'os hasouru anin no proteje rai hasouru erosau. Iha natureza ai na integra ai-laran tasi mane no la'o ho ai-dak, ai-lok, ai-nitas, ai-solda, etc... Ema bele kuda ai na ho mussan ka estaka, iha viveiro. Afoin, iha fulan Novembro (hahú baiudan), sei transplanta ai kiik ba to'os. Naran científiku "Pterocarpus indicus" katak ai-fuan ho liras hosi India.

O pau-rosa é uma árvore da família das leguminosas, originária da Malásia, Tailândia, Vietname, Sumatra, Bornéu, Filipinas, China e Índia. Em inglês é chamada de narra ou rosewood e em francês santal rouge amboine. Comercialmente também é conhecida nos mercados internacionais por "amboyna".
O seu nome científico significa fruto (carpus, em grego) com asas (ptero, em grego) da Índia (indicus, em latim).
A árvore é de grande porte, podendo crescer até aos 48 m e 1,5 m de diâmetro, e possui uma copa muito densa, de onde surgem ramos que podem pender até ao solo. As folhas são caducas, embora as árvores possam manter a folhagem nas zonas húmidas. São compostas de 7 a 9 folíolos ovais de um verde brilhante, com 6-12 cm de comprimento e 3-7 cm de largura, apresentando margem inteira.
As flores têm cerca de 1,5 cm, cheiram agradavelmente e estão agrupadas em panículas. Têm cálice alongado castanho – prateado e corola amarela. A floração ocorre por períodos de 1 a 2 dias e apresenta variação geográfica. Em Timor –Leste a floração ocorre nos meses de Fevereiro e Março.
Os frutos do pau-rosa são vagens aladas, espalmadas e em forma de disco com 5-6 cm de diâmetro, apresentando uma asa com a textura de papel. As vagens surgem em cachos e são verde claras, passando a castanho quando maduras. São indeiscentes (não deixam cair as sementes) e podem conter até 3 sementes. Estas amadurecem durante 3 a 4 meses após a floração. As sementes têm forma de feijão, são achatadas e medem 6 a 8 mm de comprimento. A dispersão faz-se principalmente pelo vento mas as vagens podem flutuar, pelo que junto às ribeiras e aos lagos a dispersão pela água é muito importante.
As raízes de pau-rosa fixam azoto e desenvolvem-se bastante junto à superfície dos terrenos e como consequência as árvores novas resistem mal às infestantes, como a Imperata cylindrica (hakmaulain) e outras gramíneas. Quando novas precisam de ser mondadas com cuidado. Outra consequência deste desenvolvimento das raízes é que esta árvore não é muito indicada para ser plantada nos passeios das ruas, pois danifica os pavimentos.
A madeira é formada por borne pouco abundante e acinzentado e cerne castanho – avermelhado, com laivos dourados ou vermelho escuros, por vezes com tons rosados ou alaranjados. O pau-rosa é muito apreciado e vendável, devido à facilidade com que se trabalha, durabilidade, pequena susceptibilidade ao ataque de fungos e insectos, beleza de cor e desenho, assim como resistência às formigas.
É empregada em marcenaria, contraplacados, folhados, obras de torno e de talha.
A madeira desta árvore tem grande procura mundial pois é usada no fabrico de mobílias de grande qualidade e beleza.
Planta-se também como árvore ornamental em jardins, parques e ruas, como se pode observar nos exemplares que existem por toda a cidade de Díli e nas outras cidades, vilas e knuas de Timor-Leste, bem como noutras cidades do Pacífico.
Pode ser uma das árvores de sombra para culturas como o café e o cacau, enriquecendo o solo com o azoto que fixa nas suas raízes e com a queda das suas folhas, mas não é muito indicada para as hortas pois causa forte ensombramento das culturas no sobcoberto.
Pode ser usada como espécie quebra-vento pois os seus ramos desenvolvem-se até a chão, e também é muito usada como cerca viva à volta dos terrenos.
As suas flores são muito procuradas pelas abelhas.
De modo geral considera-se que esta árvore tem grande importância ecológica, ajudando a fixar os solos ao longo das linhas de água e ribeiras, com as suas grandes raízes superficiais.
Tem alguns usos medicinais. O seu látex vermelho é usado em algumas partes do mundo para curar tumores.
As suas condições climáticas incluem precipitação média anual entre 1200 mm a 3000 mm, temperatura media mensal à volta de 27ºC e altitude até 1300 m. É uma árvore que gosta de humidade e assim desenvolve-se melhor naquelas regiões onde a estação seca não é muito longa. De referir que, para além de ser espontâneo na ilha de Timor, o pau rosa desenvolveu aqui e na ilha de Sumba vizinha, indivíduos bem adaptados à secura. É uma planta sensível aos ventos marítimos, pelo que não se recomenda a sua plantação nas zonas muito perto do mar. Todavia, por vezes encontram-se indivíduos junto do mar, mesmo em Timor-Leste, tal como o exemplar existente em frente ao Hotel Timor. Estes indivíduos deverão ter folhas mais resistentes ao sal, pelo que seria interessante estudar estas plantas.
O pau-rosa adapta-se bem a uma grande variedade de solos, mas atinge os desenvolvimentos máximos naqueles que são profundos, férteis, particularmente nos aluviões bem drenados. Prefere pH próximo da neutralidade.
Segundo Ruy Cinatti o ai na faz parte integrante da floresta de monção da costa norte de Timor-Leste, onde os meses de chuva podem ser inferiores a seis. Aqui associa-se às espécies Schleichera (ai-dak), , Wrightia, Acacia, Corypha (tali), Vitis, Pterospermum (ai-solda), Sterculia ( ai-nitas), Ziziphus (ai-lok), Bauhinia, etc…
É uma árvore de fácil cultivo, quer a partir de sementes quer a partir de estacas. Recomenda-se a utilização de sementes em viveiros e a posterior plantação no início da estação das chuvas.
Bibliografia:
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA POR ESTACA CAULINAR DE PTEROCARPUS INDICUS E ACACIA MANGIUM
Estágio da Licenciatura em Ciências Agrárias
Adelino da Costa Ximenes
UNIVERSIDADE NACIONAL DE TIMOR LOROSA’E, 2007

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